Sindicato denuncia coação, assédio moral e demissões arbitrárias na Fixar

09/01/2025

Na última terça-feira, 7 de janeiro, feriado de São Thomaz de Cantuária, padroeiro de Camaçari, a empresa Fixar protagonizou um episódio de desrespeito e opressão contra seus trabalhadores. Em flagrante afronta à legislação trabalhista e aos direitos dos funcionários, a empresa coagiou seus empregados a trabalharem em pleno feriado, privando-os do seu merecido dia de descanso.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, em defesa dos direitos da categoria, mobilizou os trabalhadores e orientou que retornassem para suas casas. A ação sindical foi um marco de resistência diante de práticas abusivas, e os trabalhadores, em unidade, seguiram as orientações do sindicato e não se submeteram à imposição da empresa.

No entanto, em um ato de retaliação, no dia seguinte, quarta-feira (8), a Fixar demitiu cinco trabalhadores, evidenciando práticas de assédio moral, coação e perseguição anti-sindical. Tal postura é inadmissível e demonstra uma gestão autoritária e retrógrada, que busca silenciar qualquer tipo de reivindicação ou organização dos empregados.

Condições de trabalho precárias e ilegais

A situação na Fixar é ainda mais alarmante. O ambiente de trabalho é descrito como insalubre e desumano, com instalações degradantes que colocam em risco a saúde e a dignidade dos trabalhadores.

Os banheiros da empresa são imundos, com total falta de higiene, obrigando os trabalhadores a realizarem suas necessidades fisiológicas em condições precárias e degradantes. A empresa não realiza a limpeza adequada dos banheiros, que permanecem em estado deplorável, evidenciando o descaso com o bem-estar básico dos funcionários.

Além disso, os trabalhadores recebem apenas um salário mínimo, sem qualquer benefício adicional, como vale-alimentação, plano de saúde ou participação nos resultados (PR). A empresa também não disponibiliza transporte público adequado e, em um ato de ilegalidade flagrante, obriga os funcionários a trabalhar aos domingos, desligando o sistema de registro de ponto para evitar provas das jornadas extras.

Essas práticas configuram graves violações aos direitos trabalhistas e denunciam uma gestão que expõe os trabalhadores a condições de exploração, medo e precariedade.

Ações do sindicato

Diante desse cenário alarmante, o Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari acionou a Superintendência Regional do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho, denunciando essas práticas abusivas e exigindo providências imediatas. Além disso, o sindicato está exigindo:

– Reintegração imediata dos trabalhadores demitidos injustamente;

– Negociação de benefícios básicos como transporte, vale-alimentação e plano de saúde;

– Garantia de descanso aos domingos e cumprimento da legislação trabalhista;

– Condições salubres e dignas no ambiente de trabalho, com limpeza e manutenção adequadas das instalações, especialmente dos banheiros utilizados pelos trabalhadores.

Uma empresa perversa e arcaica

A Fixar demonstra, com suas atitudes, total desrespeito pelos trabalhadores e pela legislação brasileira. A coação, o assédio moral, as práticas anti-sindicais e a negligência em oferecer um ambiente de trabalho minimamente digno são ferramentas arcaicas que não cabem em uma sociedade que preza pela justiça e pela dignidade no trabalho.

O Sindicato reafirma seu compromisso com a luta pelos direitos dos trabalhadores e não medirá esforços para responsabilizar a Fixar pelas irregularidades cometidas. Chegou a hora de exigir respeito e dignidade para quem move a economia e sustenta o crescimento das empresas: os trabalhadores e trabalhadoras.

Trabalhador, sua luta é a nossa força!  

O sindicato convoca todos os funcionários da Fixar e da região a se unirem contra essas práticas abusivas. Somente juntos poderemos construir um ambiente de trabalho mais justo e humano.

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