Dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari se reuniram, nesta quarta-feira (19/5), na sede da entidade, com trabalhadores da Magna Cosma, Magna Seating, Sian, Tenneco, Sodecia Planta 2 e outras empresas do setor de autopeças, que demitiram em massa após o encerramento das atividades do Complexo Ford Camaçari.
No encontro, os trabalhadores foram informados sobre o andamento das ações que o Sindicato ingressou na Justiça, já que as empresas até agora não aceitaram negociar com a entidade os direitos dos trabalhadores. Na oportunidade, foi explicado ainda que o Ministério Público do Trabalho também vai dar apoio às ações e participar ativamente dessa luta para assegurar o fechamento de um acordo das rescisões.
“Nós conseguimos construir uma articulação com o MP, que vai ouvir um trabalhador de cada empresa para ter a real dimensão dos problemas e entender a melhor forma de ajudar a categoria”, explica Júlio Bonfim, presidente do Sindicato.
O momento é muito difícil para os trabalhadores de fora do Complexo Ford, mas o Sindicato vai continuar fazendo todo o esforço, com muita determinação, para agilizar as ações judiciais, obrigando as empresas a negociarem, para assegurar os direitos dos funcionários. É preciso mobilizar a categoria, a sociedade e a mídia, para fortalecer essa luta.
Afinal, o setor de autopeças, impactado pelo fechamento da Ford, precisa chegar em um acordo de indenização que seja justo aos trabalhadores.
“Essa é uma questão de responsabilidade não somente das empresas de autopeças, mas também da própria Ford, que, ao fechar as portas em Camaçari, também provocou uma avalanche de demissões em cascata, um efeito dominó, atingindo empresas de fora do parque industrial, onde os grandes prejudicados são os trabalhadores metalúrgicos”, destaca Júlio Bonfim.