Tendo em vista a manifestação organizada nesta sexta-feira (14), por parte de ex-funcionários de empresas de autopeças de Camaçari, o Sindicato dos Metalúrgicos esclarece que após o fechamento do Complexo Ford, há um ano, empresas satélites instaladas na região que forneciam peças para a montadora americana também fecharam as portas, mas sem negociar um acordo de indenização.
O Sindicato dos Metalúrgicos, desde o primeiro momento, buscou, insistentemente, contemplar esses trabalhadores no bojo da negociação coletiva junto à empresa Ford, o que se tornou impossível por absoluta intransigência da empresa em relação a este ponto da negociação. De forma contemporânea, o Sindicato buscou negociar diretamente com as empresas de autopeças, as quais não se disponibilizaram a uma negociação de verbas indenizatórias para os trabalhadores.
Sendo assim, o Sindicato, em 8 de março do ano passado, se viu obrigado a acionar a Justiça para, liminarmente, pedir a reintegração dos trabalhadores, enquanto as empresas não aceitassem negociar o pagamento das indenizações, se mantendo vigilante para que haja uma decisão favorável aos interesses desses trabalhadores.
Ao mesmo tempo, o Sindicato provocou o Ministério Público do Trabalho, que acompanha de perto o desenrolar dos fatos, tendo inclusive ajuizado duas ações sobre a ausência de negociação coletiva, que também se encontram em tramitação, informações que foram repassadas aos trabalhadores em reuniões. O Sindicato sabe da dificuldade enfrentada por esses operários e se solidariza diante da grave situação de desemprego criada pela Ford e suas empresas parceiras.
Não é possível ignorar o esforço empreendido pelo Sindicato em busca de uma negociação justa para esses trabalhadores. Além disso, a entidade vem se empenhando, através do oferecimento de cursos de qualificação, para que esses trabalhadores retornem o quanto antes ao mercado de trabalho.
Importante destacar também que o Sindicato tem trabalhado incansavelmente para buscar empresas interessadas em ocupar o parque industrial deixado pela Ford, gerando emprego e renda novamente à Camaçari e toda Região Metropolitana de Salvador. Para isso, mantém uma agenda de reuniões com empresários, políticos e diversas autoridades.