Diante da forte repercussão negativa, sobretudo no Congresso Nacional, o presidente Bolsonaro anunciou a revogação do Artigo 18 da MP 927, que permitia a suspensão do contrato de trabalho por 4 meses deixando o trabalhador sem salário no período. O recuo do líder da extrema direita foi informado através de mensagem no twitter nesta segunda-feira (23). Mas já se fala em novas medidas de flexibilização da CLT.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, classificou a MP como “surreal”, afirmando que seus efeitos para a classe trabalhadora são “mais do que o Covid 19, pois teremos trabalhadores adoecidos sem salários e sem emprego, enquanto os ricos seguem intocáveis e são privilegiados com desoneração”.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, definiu a malfadada MP como “capenga”, pois resolve o problema de um lado (dos empresários) e deixa o outro lado, do trabalhador, completamente desprotegido e vulnerável.
A indignação generalizada fez o chefe do Palácio do Planalto voltar atrás e deve ser considerada uma vitória das forças progressistas e do movimento sindical, que também é alvo da MP. Todavia, é preciso continuar em estado de alerta, pois novas medidas antipopulares estão sendo urdidas em Brasília.
Fonte: Portal CTB